26 de julho de 2008

"Sou Polícia, Chamem a Polícia"

Toda a gente sabe o estado lastimável em que se encontra a Justiça em Portugal; desacreditada, demorada, desleixada, sem meios nem fundos, enfim, sem prestígio.
O mesmo pode ser dito dos seus "acessórios" - tribunais, magistrados e agentes da autoridade.

Sem entrar em pormenores grosseiros, passou-se um caso verídico, esta semana, em que agentes da PSP justificaram chegar 25 minutos depois de terem sido chamados (a esquadra fica a 5 minutos, com trânsito), devido a terem sido chamados a outra ocorrência, não terem mais meios, entre outras queixas, que me deixaram a pensar que, coitados, o melhor é eles chamarem alguém que os possa ajudar nesses momentos de necessidade, talvez, vamos lá, a Polícia?...

Sou solidário naturalmente com as forças da ordem, conhecendo as condições em que alguns têm que trabalhar, basta ver algumas esquadras, ou saber que têm de pagar do próprio bolso muito do material de trabalho e até os uniformes...

Mas, há que ter mais brio e profissionalismo, afinal esta não é uma profissão "nine to five", de empurrar papel de hoje para amanhã ou quinze dias...

O problema é que estas forças são compostas por muitos elementos com baixa formação e mentalidade retrógrada, mais um reflexo do país que temos, onde "Serve and protect" continua a ser um estrangeirismo por traduzir para português - língua, que aliás, os mesmos agentes com quem falei, dominam bem por baixo...

Enfim, polícias que parecem saídos dos "Malucos do Riso" ou dos sketches do "Gato Fedorento", que estão mais preocupados com a sua comodidade e a auto-justificarem-se e à sua inutilidade.

"Reclame para o MAI" disse um... por certo.
Mas se fosse eu, despia a farda e procurava outra profissão.