Call-Centers foram a pior invenção, desde a guilhotina e os impostos. Não só fomentam o trabalho precário, como do ponto de vista da sua utilidade para os clientes, apenas torna mais complicada e burocrática a resolução dos problemas. Antes dos CC se tornarem uma praga, viamos pessoalmente o funcionário, quando não o responsável, directamente, a quem expunhamos a questão e não o largávamos enquanto não deixasse tudo preto no branco.
Nos CC, é improvável ter-se uma resposta única há mesma questão, se falarmos com mais do que um operador; além de que raramente nos calha um que seja competente e nos resolva o "problema" (nos CC diz-se "situação" - a palavra começado por "p" é tabu...) à primeira.
Quantas vezes não é necessário repetir os contactos e chatearmo-nos a sério para conseguir despachar banalidades que se resolveriam na hora, se tivessemos frente-a-frente com aquele adolescente borbulhento que responde nervosamente do outro lado da linha, ou com aquela jovem calejada que regurgita o guião de cor, surdamente, como um farol de noveiro, ainda que inadequado ao que pretendemos?...
Já para não falar do tempo de espera em linha e do respectivo custo por cada chamada... que parece mesmo ser a única justificação para a existência e proliferação destes ninhos burocráticos.
Em vez de inúteis e problemáticos, vocacionados para o "handling" de relamações, estes funcionários poderiam ser mais úteis gestores de serviço ao cliente, controlando e evitando as "situações" antes delas acontecerem, em vez de esperar pelas reclamações...
Só é pena que não haja uma tecla no telefone para marcar a opção "ide %@# mais os telefones"...
A minha esperança é que da mesma forma como apreceram e se multiplicaram como cogumelos, os CC também tenham curta vida, como os fungos análogos...
23 de junho de 2007
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