Já aqui se falou do cão
Fox Terrier do Mourinho, do
Bulldog Inglês e agora entra em cena o
Bloodhound ou neste caso, cão de polícia faragedor de sangue, ainda e também Inglês.
Como não podia deixar de ser, com tantos Ingleses, esta história só se poderia passar num local tipicamente britânico, ou seja, o
Allgarve.
Mal contentes com isso, os Media britânicos já recomeçaram o seu desporto favorito da
silly season, depois do soporifero Cricket, que é o "Portuguese Bashing" ou mais lusidiacamente, "arrear no tuga". Como é nosso apanágio de bem-receber e melhor servir, as autoridades policiais têm ajudado bastante ao descrédito com que são brindados na imprensa britânica, essencialmente pela falta de esclarecimento e a aparente desordem das suas investigações ao desapareciemnto da pequena Madeleine McCann...
Ainda que tudo o mais seja especulação, uma vez que apenas os agentes involvidos estão ao corrente do que se passa, por isso merecem o beneplácido da dúvida, ainda assim, o
porquêde passados
3 meses, ser preciso trazer do Reino Unido os cães farejadores de hemoglobina para fazerem o despiste que, todos nós que vemos o CSI, sabemos essencial a partir do primeiro minuto na cena do crime! Não me parece apenas lógico na TV...
E porquê os cães que - ok,
semos poortugueses pobrezinhos - têm que vir
de Inglaterra, sabe-se lá se com febre aftosa ou com indegestão de
fish and ships? Não temos dinheiro para cães, mas não se arranjam uns
Luminóis, que até ficam mais baratos em croquetes de ração para cães e polícias?
O pior é que os Brits já andam outra vez de faca na liga, a dizer que foram eles mais os seus
very english muts que fizeram a invetigação andar para a frente,
and what not! Eles que andaram a dar-lhe a toda a força na tese do rapto quando a polícia Portuguesa insistia em "varrer" o terreno à procura de pistas e - claramente - de um cadáver, ou não teriamos visto agentes a vascular todo o buraco, poço e casebre que há nos arredores...
Não quero fazer muitos juisos de valor sobre o desempenho da polícia Portuguesa, porque não disponho de dados para dizer uma coisa ou outra, ao contrário do eco que se vai ouvindo por aí sem questionar, de que "a P.J. portuguesa é das melhores do mundo"... digam isso à mãe do rapaz (Rui Jorge) que desapareceu à mais de 10 anos...
Porém, desde o princípio que tenho dito que a investigação tinha de ser centrada nos
familiares e conhecidos dos McCann, que estavam nas proximidades e tinham acesso às crianças...
Uma coisa parece-me evidente que as autoridades vão ter que aprender, com os erros desta operação - a conduzir não só uma investigação mais eficaz, mas também uma política de auto-marketing e de relacções públicas actualizada. Os contribuintes não querem só resultados , querem que os "bons da fita" sejam mesmo bons.
Seja como for, receio bem que esta história não terá um final feliz...